::Algumas regras básicas para fazer comida de santo::

Salve meus irmãos de fé e bença dos mais velhos.

Vejo muita coisa na NET sobre os orixás, guias e protetores e pouco se fala sobre a culinária ritualística, fator tão importante na hora de oferendas a uma entidade. Cada Linha espiritual tem sua comida ritual específica
e sei que no culto de nação isso é muito importante: Ogum come inhame, Yemanjá peixe de água sagada, Xangô amalá e mais  outras receitas que são passadas ao aprendiz dentro do terreiro. Na umbanda também temos nossa cozinha ritualística e devemos observar algumas regras de cuidado e respeito. Como a umbanda tem sua magia, o preparo dos alimentos segue com esmero e capricho.

A primeira regra: pergunte-se se comeria aquele alimento! Está limpo o recipiente onde vai ser servido? O alimento foi feito com material selecionado? Os utensílios de cozinha usados estão limpos? A  comida ritualística deve ser aquela que você também comeria, preparada com higiene e com material de qualidade.

Segunda regra: os utensílios de cozinha devem ser usados somente para esta finalidade. Não use seu material do dia a dia para preparar qualquer alimento de oferenda e as colheres que você vai mexer a comida deve ser, de preferencia, colher de pau.  Nunca bata na borda da panela para tirar o excesso de alimento que fica preso nela, você não esta chamando ninguém pra comer!

Terceira regra: corpo limpo e mente limpa! Não prepare a comida de seu orixá com a cabeça nas nuvens, com raiva, preocupações ou com música alta. Muito menos em seu ciclo menstrual! Use seus trages religiosos preferencialmente.

Quarta regra: deu vontade de experimentar, não o faça. Você pode comer daquele prato desde que primeiro seja separada a quantidade a ser usada na oferenda ou ainda, preferencialmente,  faça para seu  consumo próprio sem a ritualística necessária para fins religiosos.

Quanto às receitas, que são muitas, serão abordadas em outros posts mas adianto que, na Raiz das Santas Almas do Cruzeiro Divino não se usa o sangue vermelho animal, a não ser em casos extremamentes específicos. Nós, dessa Raiz, substituímos esse tipo de sangue, por exemplo o sangue vermelho animal, pelo sangue vermelho do dendê ou ainda por outro qualquer dependendo da necessidade. Temos sangue branco, vermelho, verde e preto e tudo depende de vários fatores que não entrarei em detalhes por ser muito extenso o assunto. Deixo isso para a iniciação interna do Templo, onde o iniciante vai aprendendo com calma e por quem de direito possa ensinar.

Comente e mande sua opinião sobre o assunto. Sei que haverá outras regras e cuidados e gostaria de conhecer as regras de seu templo. 

Saravá.

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