A Associação Espírita Amigos dos Animais promove dois trabalhos espirituais para os animais de estimação por semana. O Templo de umbanda Caridade É Amor também promove este tipo de trabalho. Isto nos mostra o quanto nossos animais de estimação estão sendo importantes em nossa vida e muitas vezes necessários como os cães guias.
Mas quais são os motivos?
Hoje em dia é normal encontramos casais que optaram em adotar animaizinhos por não terem a possibilidade da maternidade. Um fenômeno interessante ocorre em nossa sociedade moderna, o medo da solidão. É esse fator que alavanca o mercado de pet shop com acessórias e alimentos exclusivos e a preocupação dos donos de animais vai tão longe que já houve caso de missa para animais de trabalho numa fazenda.
Será que é o medo de se sentir sozinho? Será que é uma maneira de propagar mais a doutrina espírita ou umbandista? Qual será a Linha de Umbanda que será invocada para o atendimento? Será que esse culto dará margem para o animismo, fato tão prejudicial ao médium? Nós umbandistas sabemos o quanto é difícil a preparação do médium e de templo para os trabalhos espirituais? Será que o Astral tem um plano para este novo tipo de trabalho espiritual?
Não vejo tamanha necessidade de trabalhos espirituais para os pets por não haver queima de carma. Os animais fazem parte da uma Alma Grupal e tem a função de utilização da energia Elemental para manifestação. A energia criada pelo homem é condensada (precipitada) pelos Elementais, nas formas animal, vegetal e mineral e, enquanto forma, tem suas leis evolutivas, próprias de cada espécie, e justificando que não há necessidade de cura espiritual para animais, leia mais aqui.
Ainda não vi necessidade desse trabalho mas se é certo ou errado não posso dizer nada. O que vale é o amor e o carinho para com os animaizinhos, nossos irmãos que nos confortam, nos acompanham e nos defendem. Eu, particularmente, pensaria bastante para abrir as portas do terreiro para passes e descarregos em animais.
Para o padre Edinez Paulo da Silva, 41, da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Taboão da Serra, ainda é cedo para afirmar que há mais espaço para os bichos nos rituais religiosos. No entanto, ele assinala que a procura por ajuda espiritual é mais uma prova de como os homens estão cada vez mais apegados aos pets. “São muitos os lares onde um cachorro ou um gato é colocado mano lugar de uma pessoa”, afirma. “Não são poucos os que criam um laço afetivo forte, pensando neles como se fossem gente, com alma e sentimentos.”
O schnauzer Dick melhorou depois de ser levado a um centro de umbanda por sua dona, a empresária Marilda Torres Antônio.
A tese é confirmada pelo também padre Alessandro Carvalho de Faria. O sacerdote realiza uma bênção para animais no dia de são Francisco de Assis, padroeiro dos animais, em 4 de outubro. “A Bíblia nos diz que os animais foram criados para a convivência com o ser humano”, explica. “Por isso, as orações que fazemos são para que eles cumpram com o papel que lhes foi dado na criação, seja o de ajudar nas tarefas do dia a dia, seja o de fiel amigo.” A cerimônia é realizada na porta da igreja. O religioso não tem nenhuma restrição quanto à entrada dos animais no recinto, mas prefere dar a bênção na entrada do templo. “Apesar de rápido, o ritual gera muita agitação. Recebemos cães, gatos, peixes, iguanas, coelhos e até cavalos”, afirma.
É lido um trecho do livro de Gênesis, que fala sobre a criação e convivência harmoniosa entre as criaturas de Deus. Na sequência, são feitas as orações de bênção.
O segurança Carlos Augusto Coelho, 25, é devoto de são Francisco. Ele conta que herdou a prática do avô, que levava os cavalos para serem abençoados pelo padre. “São diversas as datas em que eu cuido da minha alma, buscando força para as dificuldades”, diz. “É justo que eu reserve um dia no ano para o meu melhor amigo.” O companheiro, em questão, é Nestor, um gato que encontrou na rua. Independentemente do credo, a fé é o que une esses donos de animais.
A dentista Maria Hermínia Alves Bittencourt, 50, pediu orações para a fox paulistinha Tininha na igreja evangélica Monte Hebron, onde é pastora. Apesar de não realizarem nenhum culto específico para os pets, os membros da igreja intercederam quando a cadela sofreu um acidente. “Ela foi atropelada e ficou bastante debilitada”, relata a dona. “Na mesma noite havia uma vigília na igreja. Eu fiquei em casa cuidando da Tininha, mas a comunidade orou por ela e já no dia seguinte minha paulistinha estava melhor.”
Os ritos e crenças variam, mas uma ponderação é comum: o tratamento espiritual não substitui o veterinário.
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Saravá!
2 Comentários
acho que todos os animais merecem o que de melhor pudermos dar.
ResponderExcluirNo meu ponto de vista, não vejo nada contra amar os animais, mas chegar ao ponto de abrir uma gira para cura de pets, creio que seja um meio de atrair pessoas, que por seu amor pelo animal, farias de tudo, inclusive gastar dinheiro numa sessão espírita especial para animais. Creio mesmo que isso seja so para tirar dinheiro dos outros!
ResponderExcluirObrigado pela sua visita!